A direção do CPERS, por mais que
diga querer construir a greve, não passa de uma mentira, pois durante o recesso
escolar boicotou as deliberações tiradas em assembleia. Na última, que ocorreu
no dia 12 de julho, destacamos a importância de termos um eixo para as nossas
mobilizações, o que não excluiria a nossa pauta de reivindicações. Então propusemos
as seguintes palavras de ordem como centrais: pagamento imediato do piso salarial nacional; defesa dos planos de
carreiras; pelo fim da reforma do ensino médio politécnico! Além disso,
propusemos que durante o recesso escolar o CPERS construísse e realizasse
grandes atos de rua em defesa da educação pública, conjuntamente com a
comunidade escolar, nos dias 18 e 25/07, buscando unificar nossa luta com os
atos da juventude pelo passe livre e com outras categorias de trabalhadores,
considerando que o nosso sindicato tem condições de mobilizar e de colocar na
rua mais de 20mil educadores e comunidade escolar.
No entanto, a prática
antidemocrática e burocrática do sindicalismo de cúpula da direção, que
desrespeita as instâncias de nosso sindicato e impõe o imobilismo à categoria,
tem sido a marca registrada da direção. A mesma vem rotineiramente boicotando as
propostas aprovadas em assembleia geral, que não sejam aquelas apresentadas por
suas correntes. As últimas resoluções encaminhadas para os núcleos, que
deveriam conter todas as propostas aprovadas na assembleia, eliminaram as propostas
apresentadas pela nossa oposição, assim como ocorreu no congresso. Os grandes
atos de rua não ocorreram. As campanhas de mídia também não; nem se quer uma
singela colagem de cartazes com os eixos aprovados em assembleia foi realizado.
Tudo para não dar um norte para a mobilização ocorrer concretamente.
A tal “unidade” pra lutar que a
direção propaga aos quatro ventos, na realidade, só serve pra boicotar a luta.
Não passa de uma “unidade burocrática” que demonstra claramente que a direção
não tem a intenção de se enfrentar com o governo Tarso e joga no imobilismo
para esfriar o ânimo da categoria, apesar de fazer um discurso pseudo-combativo.
Mas como a “prática é o critério da verdade”, podemos constatar que a prática
de luta da direção do CPERS contra o governo Tarso é um grande “faz de conta”.
Nesse sentido, só podemos contar com
nossa força independente da direção, construir alternativas de lutas, a partir
de comissões de mobilização por escolas e regionais, debatendo novos métodos de
enfrentamento contra o governo, tais como: atividades nas escolas debatendo as nossas
demandas, ocupar os espaços públicos como as praças, as ruas, as escolas, utilizando
como espaço de diálogo permanente com a comunidade escolar e outros setores. É
preciso construir um novo tipo de greve que deve estar alicerçada e comandada
pela base. E esta só poderá surgir com a unidade dos que querem lutar contra a
burocracia sindical, que é quem entrega nossas lutas. Nesse sentido fizemos um
chamamento à construção de uma nova direção revolucionária e classista para o
nosso sindicato.
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