15 de fev. de 2014

CNTE/CUT/CPERS EM UNIDADE COM O GOVERNO/BANCO MUNDIAL DECRETAM GREVE PELEGA PARA EXIGIR A APROVAÇÃO DO “NOVO PNE” !

Há décadas que os organismos do imperialismo (Banco Mundial, UNESCO, UNICEF) tem imposto aos países sua política educacional neoliberal que prevê a privatização e a destruição da educação pública, com objetivo de transferir os custos das crises econômicas para os trabalhadores. No Brasil, esta política se traduz em planos educacionais - Plano Decenal de Educação para Todos (1993 - 2003), PNE (2001 - 2010) e o “novo PNE” (2011/2020)  dá continuidade à privatização e destruição da educação pública. Este último,  depois de tramitar e ter sido aprovado no Senado Federal, segue para a Câmara dos Deputados, porém agora com menos camuflagem, mostrando mais claramente seu caráter privatista.
As políticas do “novo PNE” são bem conhecidas. Com o nome de “reformas educacionais” estão em plena execução. Algumas delas, contidas no Novo PNE, são: a reforma do ensino médio, a proliferação do ensino a distância (EAD), as avaliações institucionais (SEAP, Provinha Brasil, ENEM, ENAD), a destinação de verbas públicas para o setor privado através do PRONATEC (Sistema S), o aprofundamento da precarização do trabalho através dos estágios para juventude, as terceirizações (oficineiros dos projetos mais educação, escola aberta e outros), a continuação da política de contratos temporários, a destruição dos planos de carreiras, as interferências nas gestões escolares, o  incentivo às parcerias público-privadas e o fim das escolas especiais.
A CNTE/CUT/CPERS, a serviço dos governos e do imperialismo,  em 2012 e 2013, na contramão dos interesses dos trabalhadores, induziram os educadores a realizar greves pelegas em defesa do Novo PNE. Agora, dando continuidade a essa política governista, decretaram mais uma greve pelega de cima para baixo para os dias 17, 18 e 19 de março, com a seguinte pauta: exigir o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública e contra a proposta dos governadores e o INPC.
Mais uma vez, a CNTE/CUT e o CPERS querem ludibriar os educadores com uma pauta enganosa. A exigênciade 10% do PIB para educação pública, os investimento dos royalties do petróleo, piso, carreira e jornada são apensas ilusão, pois todas as políticas educacionais estão submetidas ao caráter privatista do “novo PNE”, cuja aprovação é o verdadeiro objetivo da greve. Isso significa destinar verbas para empresariado obter lucro em detrimento da qualidade de ensino, enquanto o governo Dilma continua com os cortes orçamentários, cujo corte previsto para 2014 está entorno de R$ 30 bilhões. A principal pauta da greve pelega é a exigência da votação imediata do “novo PNE”.
No 32º Congresso da CNTE, o bloco dito de “oposição” (CUT Pode Mais, CSP-Conlutas, Intersindical, APS, Unidos pra Lutar e outros), assim como a própria direção atual da CNTE, fizeram críticas sutis e falsas ao “novo PNE”. Na prática, estão juntos com o governo na defesa da sua aprovação. O CPERS contraria deliberações de assembleia geral e da Conferência Estadual de Educação, que aprovaram resoluções contra o “novo PNE”. As disputas ocorridas no congresso burocrático entre a oposição e a direção da CNTE, não tiveram razões políticas de interesse dos trabalhadores. Tratou de uma luta apenas pelo aparato sindical, por ocupar espaço para tocar seus projetos eleitoreiros e de reforma do capitalismo.
Diante do atual acirramento da luta de classe, a burocracia desarma, desmobiliza e desinforma os trabalhadores, dirigindo-os para embarcarem em mobilizações que levam à derrota e ao fortalecimento do governo. Com isso, cumpre o papel de cúmplice do governo e do grande capital na destruição da educação pública e na imposição dos planos de austeridade.

É urgente romper com as direções burocráticas, construir uma nova direção, fortalecer a Construção pela Base – oposição à essas burocracias –, organizar núcleos sindicais por escola, debater os problemas educacionais, as políticas governistas e do imperialismo para a educação, o caráter governista das direções sindicais, a decadência do capitalismo e a necessidade do socialismo.

ü NÃO À “GREVE PELEGA” DA CNTE/CUT/CPERS!

ü ASSEMBLEIA GERAL DA CATEGORIA PARA O DIA 07/03!

üVERBAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA! NENHUM FINANCIAMENTO PÚBLICO PARA O SETOR PRIVADO!

üCONTRA OS CORTES DO ORÇAMENTO PÚBLICO DO GOVERNO DILMA/TARSO!

üCONTRA O PNE PRIVATISTA E NEOLIBERAL DE DILMA/TARSO/BANCO MUNDIAL!

üREAFIRMAR A DECISÃO DA CATEGORIA TIRADA EM ASSEMBLÉIA GERAL, CONTRA O PNE!    

ü NENHUMA CONFIANÇA NAS BUROCRACIAS SINDICAIS!

(Texto do panfleto distribuído no Conselho Geral do CPERS 14/02/2014)

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