A chapa “pura” do PT e da CUT (Articulação Sindical,
AE, CSD, O Trabalho, DS, Socialismo 21, PT amplo e PCdoB) nem assumiu ainda e a
mídia burguesa continua querendo induzir a categoria a pensar que haverá algum
tipo de “renovação”. É preciso dizer, categoricamente, que não haverá nenhum
tipo de renovação, pois todas estas correntes já estiveram a frente do CPERS em
outras diretorias. O afastamento da base começou não em razão do suposto
“radicalismo” da última direção do CPERS, mas, ao contrário, em razão do seu
burocratismo, da sua política de bastidores, de cúpula, de incoerência entre
discurso e prática, de seu programa governista, às vezes disfarçado e às vezes
aberto. Como já alertamos em outras oportunidades, este afastamento não começou
com a última direção do CPERS, mas vem desde a época em que a Articulação
Sindical e a CUT estavam dirigindo o sindicato.
Para que não reste a menor dúvida de que
toda esta “renovação” é uma farsa, publicamos abaixo algumas “curiosidades” a
respeito da direção que assumirá o CPERS no dia 1º de agosto. O CPERS não está
entrando em “um novo tempo”, mas retrocedendo ao passado:
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Os membros da chapa 2, Helenir Oliveira (ArtSind), Luiz Veronezi (AE), Enio
Manica (ArtSind) e Glaci Medeiros (ArtSind) estavam nas antigas direções do
CPERS, junto com Rejane de Oliveira (CUT-Pode Mais), Neiva Lazzarotto
(Enlace-PSOL) e Antonio Branco (ex-coordenador da 1ª CRE – DS) antes da
primeira eleição da chapa encabeçada por Rejane, sem a Articulação Sindical, em
2008. Que “renovação”, então, pode haver?
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Membros da direção eleita do CPERS ficaram sentados ao lado do Secretário de
Educação, José Clóvis de Azevedo, durante a “formação” do Pacto pelo Ensino
Médio, na casa do gaúcho, no dia 21 de julho. Não vaiaram o secretário,
juntamente com a maior parte dos educadores presentes, mas o ajudaram a se
sustentar perante o rechaço da categoria. As mobilizações nascerão, então, do
“chão da escola” ou do chão dos gabinetes do governo Tarso?
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A nova diretoria do CPERS convidou 55 deputados estaduais e dirigentes de todos
os partidos para a cerimônia de posse, na casa do gaúcho, no dia 1º de agosto.
E quantos educadores do chão da escola foram convidados? E mesmo se fossem
convidados, quantos realmente iriam? É assim que pretende reaproximar o CPERS
da base?
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Helenir Oliveira – “presidente” eleita da chapa 2 – integrou a executiva
estadual do PT até as vésperas das eleições do CPERS e foi coordenadora da
campanha eleitoral de Tarso nas eleições de 2010. Dá pra acreditar no seu
discurso (e no de qualquer outro), feito sob medida pelo marketing petista, de
que sua filiação partidária não vai interferir na atividade sindical do CPERS?
Frente a toda esta farsa minuciosamente
montada, continuamos defendendo:
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Nenhuma ilusão na nova direção governista do CPERS!
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Continuar construindo a oposição à burocracia do
sindical!
- Lutar pela desfiliação do CPERS da CUT-CNTE!
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