7 de ago. de 2014

POR UMA REPRESENTAÇÃO DA BASE NO CONSELHO GERAL!

Nós, da Construção pela Base – Oposição à direção do CPERS, no Conselho Geral, fomos incansáveis em cumprir as tarefas assumidas em nossa campanha eleitoral em 2011. Defendemos as demandas da base ignoradas pela burocracia sindical. Combatemos e denunciamos os conchavos de bastidores, as mudanças de posições das correntes majoritárias para manterem-se no aparato sindical. Esclarecemos à base as artimanhas que o governismo se utiliza para dar apoio camuflado aos governos, tendo como exemplo as paralisações pelegas da CNTE de apoio ao Plano Nacional de Educação (PNE); apoio este que a antiga direção do CPERS camuflou com uma pauta local para não ficar tão evidente a sua sustentação ao governo Dilma e Tarso (a direção eleita da Articulação-CUT os sustentará abertamente). Combatemos permanentemente as políticas dos governos de desmonte da educação pública.
Lutamos e queremos o fim do sindicalismo de cúpula e a construção de um sindicalismo classista e revolucionário, desatrelado do Estado e controlado pelos trabalhadores. Na perspectiva de construir o CPERS a partir de núcleos por escolas, com formação política e teórica que crie as condições de disputar os projetos político-pedagógicos com os governos, pela ótica dos trabalhadores, defendemos debates, assembleias por local de trabalho, utilizando todas as mídias disponíveis, fortalecendo os representantes de escolas. Lutaremos para que as instâncias do nosso sindicato sejam democratizadas, como as assembleias gerais, o Conselho Geral e os Congressos. Queremos o fim dos inaceitáveis privilégios dos dirigentes sindicais (como a “verba de representação”); defendemos a expulsão daqueles “sócios” que ocupam cargos nos governos para que o CPERS deixe de ser um trampolim político para projetar secretários e coordenadores para os governos burgueses. Defendemos e lutamos para que o CPERS incorpore em sua pauta a defesa dos trabalhadores contratados que estão excluídos dos nossos planos de carreiras, bem como desenvolva uma luta pela efetivação de todos os contratados que já cumpriram 3 anos de serviço no Estado, como forma de combater a política permanente de precarização do trabalho praticada por todos os  governos, inclusive pelo governo Tarso.
Propomos e continuaremos lutando pela desfiliação do CPERS da CUT e da CNTE, por serem organizações que apoiam integralmente a política dos governos Dilma e Tarso, defendem o PNE – plano privatista do Banco Mundial que impõem alterações nos planos de carreiras, a Reforma do Ensino Médio Politécnico, o Pacto do Ensino Médio e Fundamental e as demais políticas neoliberais – além de sabotarem nossas greves e fortalecerem os governos na retirada de nossos direitos. O dinheiro destinado a essas organizações deve ser revertido na criação de um FUNDO DE GREVE permanente, respondendo ao medo da categoria do corte de ponto e do desconto dos salários impostos pelos governos quando nos mobilizamos. Nas assembleias em que a burocracia propôs chamada extra, apresentamos a proposta de suspensão do pagamento da CUT e da CNTE; proposta que foi combatida por todas as correntes do CPERS (chapas 1, 2 e 3).
Continuaremos comprometidos com a luta por um novo sindicalismo, controlado pelos trabalhadores, e pela expulsão da burocracia sindical do CPERS; medida indispensável para que as nossas lutas sejam coerentes e vitoriosas.
Nas eleições para o Conselho Geral não vote em governista aberto ou disfarçado: VOTE CHAPA 4 – CONSTRUÇÃO PELA BASE! PARA MUDAR O CPERS DE VERDADE!


O PACTO PELA DESTRUIÇÃO DO ENSINO MÉDIO
O governo Dilma, através do Ministério de Educação, em 22 de novembro de 2013, instituiu o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio”. O governo Tarso, através da SEDUC, está impondo o “Pacto” no Rio Grande do Sul, assim como decretou e impôs o “Politécnico” no final de 2011, sem debates nas escolas, apenas cumprindo as determinações decretadas de cima para baixo, com o intuito de acabar com a resistência das escolas e consolidar os projetos do Banco Mundial. Esta foi a prática do governo do PT em seus quatro anos de mandato, seguindo os passos de Yeda (PSDB).
Assim como o Politécnico, o “Pacto” também faz parte da aplicação do Plano Nacional de Educação (PNE). Este plano dá continuidade às reformas neoliberais na educação pública do país, tendo em vista que patrola a gestão democrática, interfere diretamente na autonomia pedagógica das escolas, praticando assédio moral, um ritmo de trabalho exaustivo, aumentando a carga de trabalho, comprometendo a hora atividade e a saúde dos professores.
A perversidade do governo Tarso não para aí. Além de não pagar o Piso Salarial, acenou com um pagamento utilizando parte do nosso dinheiro (R$200,00, isto é, o que deveríamos receber se o Piso fosse pago) para subsidiar o “Pacto” no Estado, enquanto que prometeu pagamento de R$700 para os supervisores com a clara intenção de dividir a categoria e garantir a sua implementação, numa típica lógica de empresa privada. Mas nem sequer a demagogia eleitoral dos governos Tarso e Dilma de pagar esta migalha de R$200,00 foi cumprida. O pagamento que estava previsto para março passou para setembro. É o segundo calote do governo Tarso em um único mandato.
Esta “formação continuada” para os educadores é uma falácia, pois não existe possibilidade real de formação sem a garantia de 1/3 de hora atividade, nem aumento salarial. A pressa do governo Tarso em tocar o “horror” nos trabalhadores para cumprir o “Pacto” tem o objetivo claro de atingir as metas formais do PNE, estabelecidas pelo Banco Mundial (Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação), para assim contrair mais empréstimos, aumentando nossa dependência desses organismos, que faturam trilhões à custa da qualidade de vida dos trabalhadores.
Em sua “análise do Pacto” (Sineta – maio/2014), a antiga direção do CPERS omite que o mesmo tem vinculação direta com o PNE, pois isso só confirma que o seu discurso contra este plano não passou de um engodo. Não foi à toa que convocou e patrocinou a participação do CPERS nas antigreves nacionais da CNTE-CUT que exigia a sua aprovação no Congresso Nacional, mesmo com uma resolução aprovada em conferência e assembleia geral contrária a este plano (ver as resoluções da conferência de 2012).
Portanto, o “Pacto” é apenas uma nova forma de tentar passar a política educacional oficial dos governos petistas e do Banco Mundial, utilizando-se de pretextos como o estudo da história do Ensino Médio no Brasil e da “formação continuada”. Dentro deste estudo “direcionado” existe a propaganda velada do PNE (página 25 do livro “Etapa I – Caderno I”). O discurso do “Pacto” mantém a linha do Ensino Médio Politécnico: “integrar o conhecimento do ensino médio à prática” (página 24 - Idem). Mas qual prática? Àquela mesma prática de submissão dos estudantes da escola pública ao mercado capitalista como mão de obra barata, impregnando o ensino público do “pragmatismo” de suprir a “carência de mão de obra qualificada” para o país, rebaixando conteúdos e desviando verbas públicas para o ensino privado. Segundo dados da SEDUC, o RS foi o Estado recordista de matrículas no PRONATEC em 2013.
Como vimos, o “Pacto” está intimamente ligado ao PNE e à imposição da Reforma do Politécnico. Lutar contra este plano neoliberal é uma tarefa imprescindível para o CPERS nos próximos anos. A chapa que se elegeu para a direção central – chapa 2 – é governista declarada e defende abertamente o PNE. Por isso, é necessário votar na oposição para o Conselho Geral e fortalecer a luta independente desde a base das escolas.


A ESTRATÉGIA DA CNTE-CUT E DO CPERS DEU CERTO:
O PNE FOI APROVADO NO CONGRESSO NACIONAL! 
            Em diversas oportunidades alertamos que a greve nacional da CNTE-CUT era, na verdade, uma antigreve que tinha como principal intenção angariar apoio para a aprovação do PNE no Congresso Nacional. Dito e feito! Antes as suas metas estavam sendo impostas pelos governos Tarso e Dilma informalmente, agora o PNE está formalizado em lei! O PNE é indisputável, pois sua essência é oficializar o desvio do dinheiro público para o ensino privado. Todos aqueles que falam em disputá-lo estão servindo ao governo, direta ou indiretamente. A demagogia dos 10% do PIB para educação foi a cortina de fumaça que ajudou a aprová-lo. O governo, utilizando-se deste subterfúgio, vai garantir estes “10% do PIB” para financiar programas como o ProUni, FIES, PRONATEC, “Parcerias Público-Privadas”, etc.



O QUE É O CONSELHO GERAL?
CONFORME O ESTATUTO DO CPERS, O CONSELHO GERAL É FORMADO POR:
- Diretoria do CPERS/SINDICATO e diretores Gerais de Núcleo;
- Um representante para cada 1000 (mil) sócios do Núcleo;
- Dois representantes Estaduais dos associados aposentados;
- Representantes de Base do CPERS junto ao Conselho de Entidades da CNTE.

COMPETEM AO CONSELHO GERAL VÁRIAS QUESTÕES, DENTRE ELAS, DESTACAMOS:
- Reunir-se com a Diretoria do CPERS, mensalmente ou extraordinariamente sempre que se fizer necessário, obedecendo ao quórum mínimo de metade mais um (1) de seus membros;
- Deliberar sobre convocação de Assembleia Geral Extraordinária mediante aprovação de, no mínimo, dois terços (2/3) dos presentes à reunião do Conselho Geral;
- Receber, estudar e deliberar sobre problemas da categoria e dos associados;
- Preencher, por eleição, os cargos que vagarem na Diretoria do CPERS/SINDICATO e do Conselho Fiscal;
- Apreciar e aprovar o balancete mensal e balanço geral apresentado pela Tesouraria;
- Reunir-se, obrigatoriamente, antes da realização de Assembleias Gerais Extraordinárias da Entidade, discutindo as propostas existentes;

O Conselho Geral, assim como a direção do CPERS, é uma das instâncias controlada pelas correntes da burocracia sindical. Atualmente serve para apoiar as posições apresentadas pela direção central, assemelhando-se ao parlamento burguês, pois as questões de interesse da categoria são ignoradas e tratadas com total descaso. A direção antes das assembleias gerais reuni o Conselho Geral com objetivo de evitar que polêmicas cheguem à assembleia, centralizando a burocracia sindical com suas propostas. Nunca nos centralizamos por este “método”, mas pelos interesses históricos da nossa categoria e dos trabalhadores em geral.
O Conselho Geral do CPERS é fechado aos trabalhadores de base. Não há sequer direito à voz aos educadores que não sejam formalmente conselheiros. A Construção pela Base tem apenas um único voto neste conselho, todas as propostas de interesse da categoria apresentadas pela nossa corrente são ignoradas pela burocracia sindical. Quando ela aprova uma de nossas propostas é para não colocá-la em prática.
Durante nossa atuação neste Conselho, denunciamos permanentemente os ataques do governo Dilma e Tarso, bem como as manobras e apoio da burocracia ao governo do PT. É para continuar cumprindo este papel que pedimos o seu voto! Precisamos ampliar o número dos representantes de base para criar as condições de retomar o nosso sindicato da burocracia para a luta independente.

VOTAR NA CHAPA 4 É GARANTIR A VOZ DA BASE NO CONSELHO GERAL!

Eleja representantes da Construção pela Base  para fortalecer uma oposição classista no Conselho Geral.
Queremos continuar defendendo as demandas da base, ignoradas pela burocracia tanto no Conselho Geral quanto nas assembleias, além de denunciar os seus conchavos de bastidores, as mudanças de posições das correntes do CPERS conforme suas conveniências de alianças para melhor controlar o sindicato contra as nossas lutas.
Para colocarmos o CPERS no rumo da luta precisamos democratizar suas instâncias e fortalecer os núcleos sindicais por escolas, zonais e regionais.
Assim como fomos oposição à antiga direção do CPERS, somos oposição à atual, porque não compactuamos com este sindicalismo de cúpula, burocrático, que apenas serve aos interesses do governo.


APOIE E VOTE NAS CHAPAS DE OPOSIÇÃO À BUROCRACIA DO CPERS






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