14 de abr. de 2015

CONTRA OS ATAQUES (PL 4330, MPs 664, 665) DO GOVERNO DILMA, SARTORI E DA DIREITA

A conta da crise capitalista está sendo repassada para os trabalhadores. Estamos sendo atacados duramente. A política da burguesia é intensificar os planos de ajuste: as MPs 664 e 665 retiram direitos dos desempregados e viúvas, restringindo o pagamento das pensões por mortes, do PIS e do seguro desemprego. E pra completar o cenário, o PL 4330 prevê a terceirização para todos os trabalhadores. Isso significa a intensificação da precarização do trabalho, (maiores jornadas, menores salários, fim das conquistas sociais, como os planos de carreira). Seria também o fim dos concursos públicos e consequentemente o fim do funcionalismo público, visto que os trabalhadores efetivos poderão ser substituídos por trabalhadores em condições mais precárias, ganhando menos que um trabalhador efetivo e com redução dos direitos trabalhistas. São as mesmas medidas draconianas que estão sendo aplicadas na Europa e, em particular, na Grécia. Tudo para salvar o grande capital da crise econômica à custa dos nossos direitos.
Dilma (PT) e Sartori (PMDB) estão ombro a ombro aplicando os projetos de austeridade contra os trabalhadores. Nunca houve uma unidade tão grande entre PT e PMDB no RS. O PT e a CUT fazem momentaneamente uma demagogia contra o PL 4330. A CUT formalmente ajudou a convocar esta paralisação nacional do dia 15.04, mas não está convocando os trabalhadores. Nas suas costas, pretende negociar mudanças no PL 4330 com este congresso reacionário. Esse Projeto de Lei é inegociável. É preciso derrotá-lo e rechaçá-lo em seu conjunto! Os direitos dos trabalhadores não se negociam! O governismo tentará usar o movimento dos trabalhadores como moeda de troca para amansar o Congresso Nacional e a direita.
Ainda que haja uma voraz ofensiva por parte da grande burguesia contra o governo, eles só estão divididos na disputa pelo poder. O governo Dilma (PT, PMDB, PP, CUT, MST, UNE e afins) e o outro bloco da direita (PSDB, DEM, Solidariedade e o fascismo) estão unidos na defesa dos “planos de ajuste” e em todos os pacotes de maldades contra o povo: tarifaços, privatizações, cortes dos direitos trabalhistas, previdenciários, nos salários dos aposentados, na saúde, educação, contra a Petrobrás e, também, na imposição das terceirizações através do PL 4330 (apesar de diferenças pontuais e da suposta “defesa” dos trabalhadores por parte de parlamentares do PT). O grosso da base parlamentar do governo Dilma votou a favor do projeto. O próprio ministro Joaquim Levy foi ao Congresso apoiar essa lei e negociar para que a receita não diminua. Não só o PMDB de Cunha e Temer (que agora dirige a articulação política do Planalto no Congresso), mas também o PDT, que controla o Ministério do Trabalho, e um deputado do PC do B, apoiaram o projeto, que obviamente teve o apoio também da oposição de direita, liderada por Aécio Neves.  
É o maior ataque aos direitos trabalhistas em muito tempo. Caso sejam implementados, os trabalhadores serão levados a uma nova escravidão. Precisamos dar uma resposta à altura dos ataques em curso, antes que seja tarde.  Infelizmente os trabalhadores não contam com qualquer organização política que represente os seus interesses de classe. Os sindicatos são dirigidos pela burocracia sindical, que serve aos patrões e é conivente com essas medidas. As organizações ditas de esquerda (CSP-CONLUTAS/PSTU, INTERSINDICAL/PSOL, entre outros) também não mobilizaram as bases das categorias para o dia 15/04, fazendo a política do “faz de conta”, mais pelos dividendos eleitorais e políticos do que pela luta efetiva.
 Numa conjuntura de ataques como esta, cabe aos trabalhadores a defesa dos seus direitos, independente das suas direções e mesmo contra elas, se for preciso. Defendemos a participação nesta paralisação nacional, porque é essencial resistir a esses ataques. Não devemos alimentar ilusões em relação à CUT, CTB, CSP-Conlutas, etc. É preciso conscientizar os trabalhadores para superá-las. Devemos construir organizações por local de trabalho, fortalecer a oposição à burocracia sindical, denunciar suas traições, trabalhar por unificar as lutas, sem o estorvo das direções burocráticas, criar a autodefesa e construir o partido revolucionário, na perspectiva da luta pelo socialismo, única forma de acabar definitivamente com os ataques aos nossos direitos.

ü CONTRA O PL 4330/04! CONTRA AS TERCEIRIZAÇÕES!
ü CONTRA AS MPs 664 e 665!
ü CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO DILMA, SARTORI E DA DIREITA (PSDB/DEM/SOLIDARIEDADE/FASCISMO)!
ü PELA DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES!

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