Estamos assistindo um movimento da direita pró-imperialista estadunidense
(PSDB, DEM, Solidariedade, o fascismo, a grande mídia) pelo impeachment do
governo Dilma. O possível golpe é contra os movimentos sociais e a esquerda. A
direita usa a bandeira da “luta contra a corrupção” para angariar apoio
popular, mas na verdade quer o poder para acelerar o programa de “ajustes”
contra os trabalhadores: PL 4330, MPs 664 e 665, tarifaços, arrocho salarial, privatizações,
etc. Quanto mais a direita grita, mais o governo Dilma se apressa em aplicá-los. Estão
juntos contra os trabalhadores. Estes mesmos planos perversos estão sendo
aplicados na Europa e, em particular, na Grécia; na América Latina: Argentina,
Venezuela, Bolívia, Chile; e em muitos outros lugares. Tudo para salvar o
grande capital da crise econômica à custa dos nossos direitos.
O governo Dilma não está lutando contra o golpe. Está ajudando a
promovê-lo contra si mesmo. Inicialmente, entregou a política econômica aos
bancos, através de Joaquim Levy, e, agora, entregou o poder político aos
prováveis golpistas de amanhã, o PMDB, dando de mãos beijadas a coordenação
política a Michel Temer. Isso “assanha” ainda mais a direita. Mesmo a sua
suposta “luta contra” o PL 4330 é vacilante: o PT votou contra o texto básico
do PL 4330, mas Dilma enviou Joaquim Levy ao Congresso para apoiar dito
projeto. A CUT “ajudou a convocar” a paralisação nacional do dia 15/04, mas
negocia mudanças no PL 4330 com o Congresso reacionário. É preciso derrotá-lo e
rechaçá-lo em seu conjunto! Os direitos dos trabalhadores não se negociam! O
governismo tenta usar o movimento dos trabalhadores como moeda de troca para
amansar o Congresso Nacional e a direita.
Aqui no Estado a realidade não é diferente. Os ataques contra os
trabalhadores continuam no governo Sartori (PMDB) através da sua política
permanente de contratos emergenciais que precarizam o trabalho. Frente a isso a
direção do CPERS nada faz; ao contrário: apoiaram as demissões dos 1000
professores contratados no final de 2014 feitas pelo governo Tarso e mantidas
pelo governo Sartori. A direção do CPERS se opôs a lutar pela reintegração
destes trabalhadores, além de se calar frente à recente abertura de novos contratos
emergenciais pela SEDUC.
O governo Sartori, em sintonia com as políticas nacionais, ameaça os
servidores com atraso e corte de salários, numa tentativa de impedir as
campanhas salariais no funcionalismo público, mas em contra partida decreta um
pacote de corte de 21% em todas as secretarias do Estado, economizando R$1,7 bilhões
para garantir o pagamento dos juros das dívidas aos banqueiros especuladores
internacionais. Além de dar continuidade ao calote do piso, ameaçar com enturmação
para reduzir ainda mais os recursos humanos nas escolas, patrola a pouca
autonomia pedagógica, impede as licenças prêmios dos professores convocados
prestes a se aposentar, negando os direitos dos trabalhadores, e, também,
divulga que vai mudar a aposentadoria dos servidores públicos estaduais. Somos
contra todos esses ataques. Enquanto isso a direção do CPERS só fala em
negociar e dialogar com esse governo sem a mobilização da base, e os
trabalhadores que procuram o sindicato para defender seus direitos ficam largados
a própria sorte.
Hoje a direção do CPERS demagogicamente “exige” o “pagamento do Piso no
Plano de Carreira”, mas durante o governo Tarso defendeu a destruição deste
plano. Além disso, junto com a CUT/CNTE defendem o PNE, que autoriza a
destruição dos planos de carreiras. Em seu material, a burocracia cutista
afirma que ao governo Tarso faltou “apenas” 34% de reposição salarial para
pagar o Piso”. Se fosse honesta, deveria dizer que o governo Tarso deu calote
nos educadores, não pagou o Piso porque não conseguiu destruir totalmente os Planos
de Carreira.
Defendemos a participação nesta paralisação estadual porque é essencial
resistir aos ataques dos governos e da direita. Contudo, não devemos alimentar
ilusões em relação à direção do CPERS, CUT, CTB, CSP-Conlutas, etc. É preciso
conscientizar os trabalhadores para superá-las! É preciso construir
organizações por local de trabalho, fortalecer a oposição à burocracia
sindical, denunciar suas traições, trabalhar por unificar as lutas sem o
estorvo das direções burocráticas, criar a autodefesa e construir o partido
revolucionário, na perspectiva da luta pelo socialismo, única forma de acabar
definitivamente com os ataques aos nossos direitos.
ü CONTRA O PL 4330/04! CONTRA AS TERCEIRIZAÇÕES!
ü PELO PAGAMENTO DO PISO DENTRO DOS PLANOS DE CARREIRAS!
ü CONTRA O
PNE PRIVATISTA DO GOVERNO DILMA/ SARTORI E DO BANCO MUNDIAL!
ü CONTRA AS MPs 664 e 665!
ü CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO DILMA, SARTORI E DA DIREITA
(PSDB/DEM/SOLIDARIEDADE/FASCISMO)!
ü PELA DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES!
ü CONTRA A
BUROCRACIA SINDICAL!
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