25 de mai. de 2015

UNIR OS TRABALHADORES E LUTAR CONTRA A RETIRADA DE DIREITOS PROTAGONIZADA PELOS GOVERNOS: DILMA (PT), SARTORI (PMDB) E DA DIREITA!


   O governo Dilma (PT) continua passando os custos da crise capitalista para os ombros dos trabalhadores através da aprovação do seu ajuste fiscal (MPs 664, 665, PL 4330, corte de R$ 70 bilhões do orçamento público, dentre outros) no reacionário Congresso Nacional. A direita (PSDB/Dem/SDD/fascismo/grande mídia), surfando no desgaste do governo, quer aplicar todo o seu plano de ajuste fiscal e não encontra resistência por parte do governo, que tem, no fundo, os mesmos interesses. Junto com os ataques aos direitos trabalhistas acompanhamos um show de demagogia política para enganar o povo: PT e PCdoB votaram contra a PL 4330; PSDB e Solidariedade (dentre outros) votaram contra as MPs 664, 665. Tudo não passou de um grande jogo de cena. Todos estes partidos sabiam que os projetos e medidas do ajuste fiscal passariam de qualquer maneira, porque o Congresso Nacional é dominado por máfias burguesas corruptas.
   Os trabalhadores se mobilizam em diversos estados e municípios, porém são traídos em suas lutas, porque não contam com direções políticas e sindicais capazes de resistir séria e coerentemente a estes ataques. CUT e Força Sindical fingem defender os trabalhadores, mas sustentam os ataques de um lado ou do outro. Todas as centrais sindicais, bem como os principais sindicatos do país estão sob controle de burocracias sindicais aliadas aos governos e aos patrões, de costas para as suas bases de representação. O CPERS insere-se nesta lamentável realidade!
   A atual direção, ligada majoritariamente ao PT (Art Sind, Articulação de Esquerda – CUT; PCdoB – CTB), se elegeu com um discurso de aproximação do CPERS de sua base. Tal como a antiga direção, não apenas não se aproximou da base, como continua se afastando dela e criando um verdadeiro abismo entre ambos. Não poderia ser diferente com uma direção ligada à CUT, PT e PCdoB. Enquanto educadores de diversos estados brasileiros estão em greve, com destaque para SP, PR e SC, o CPERS faz uma caravana fantasma e discute com a base da categoria a Reforma do Ensino Médio Politécnico; para defendê-la, evidentemente! Este descompasso com a conjuntura de lutas não é uma casualidade. A direção cutista do CPERS quer preservar a governabilidade de Sartori, do PMDB, aliado do governo Dilma a nível nacional, para não intensificar a fragilidade do governo federal (o que desmascararia definitivamente a fantasiosa “pátria educadora”). Fala em greve para acalmar e, ao mesmo tempo, assustar a base da categoria.
   Não nos iludamos! Uma greve neste momento deveria estar alicerçada em um trabalho de base que acumulasse forças anteriormente. Não foi isso que a direção do CPERS fez. Andou no sentido inverso: dispersou as poucas forças do CPERS e a sua política governista tem provocado repulsa da base à vida política e sindical. Uma greve dirigida pela direção cutista será sempre vacilante e inconsequente. Não poderá ser vitoriosa pelo seu caráter de classe e os seus compromissos políticos. Somente a categoria organizada por local de trabalho e em uma oposição à burocracia, tendo uma ação consciente e organizada, poderá pressionar a direção, retomar os rumos do sindicato e impulsionar as lutas em movimentos e greves vitoriosas.
   Não podemos desanimar! É preciso reconstruir a independência de classe, pedra por pedra. É necessário impulsionar atos em conjunto com outros setores do funcionalismo público do Estado; inclusive com os funcionários públicos municipais de Porto Alegre, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Ignorar estes movimentos e não construir mobilizações conjuntas é mais um crime político da direção do CPERS. Como é do seu feitio, deixará muito tempo passar até tomar a decisão de fazer alguma coisa. Precisamos, antes de qualquer greve, uma ampla agitação política contra as políticas recessivas do governo Dilma, Sartori e da direita, e de mobilizações conjuntas dos servidores. O CPERS não faz nada disso! Ao contrário: o seu eixo político é a defesa da política do governo Dilma.
   Por isso, é preciso construir e fortalecer uma oposição contra a burocracia sindical. No CPERS, isso significa não compactuar com a política de faz de conta da atual direção, bem como da “oposição de ocasião” das antigas direções do CPERS. Nossa tarefa é rechaçar o seu eixo político pautado no Plano Nacional de Educação (PNE) e afinado com a política do governo Dilma, além da sua adesão aos calendários pelegos da CNTE-CUT e ao servilismo perante o governo federal e estadual. Devemos denunciar os governos e a direita, mas também a burocracia sindical, que é parte desta podre estrutura social que precisamos colocar abaixo. Precisamos construir com os trabalhadores um programa de luta e explicar pacientemente a urgente necessidade de derrotarmos a burocracia sindical do CPERS para que a base organizada possa decidir os rumos da luta e da mobilização dentro da nossa categoria.

ü  CONTRA AS TERCEIRIZAÇÕES (PL 4330 /PL 30) DO GOVERNO DILMA, DIREITA!
ü  CONTRA AS MPs 664 E 665!
ü  CONTRA O PNE PRIVATISTA
ü  CONTRA OS PLANOS DE AUSTERIDADES QUE RETIRAM DIREITOS DOS TRABALHADORES!
ü  CONTRA OS AJUSTES FISCAIS!

ü  CONTRA A BUROCRACIA SINDICAL (DIREÇÃO DO CPERS E CIA) QUE SERVE À CONCILIAÇÃO DE CLASSE!


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