31 de jul. de 2016

GOVERNO SARTORI CONTINUA COM O CONFISCO (PARCELAMENTO) DOS SALÁRIOS DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO.

Há exatamente um ano que o governo Sartori (PMDB e aliados) congelou e parcelou os salários dos servidores públicos; um confisco descarado com a conivência de toda a institucionalidade burguesa (judiciário, parlamento, executivo). Em nome da tal crise financeira do Estado, que só atinge os de baixo, está destruindo os serviços públicos e impondo aos trabalhadores a penúria, a sobrecarga de trabalho e a retirada de direitos. O plano liberal em curso no Estado segue a tendência nacional e internacional do capitalismo decadente, de transferir o ônus de suas crises para os trabalhadores, a ordem do Banco Mundial e seus parceiros é privatizar tudo. O congelamento e parcelamento (confisco) dos salários é parte destes ataques. A intenção é matar a míngua os serviços públicos, fazendo com que os trabalhadores entrem em crise com o seu emprego, forçando-os a pedir demissão para buscar sua sobrevivência em outras áreas.
Os PLs 44, 257 e outros são a legalização da privatização, o fim dos serviços públicos. O governo, em aliança com a grande mídia burguesa, tenta convencer a opinião pública da sua visão mentirosa da crise financeira do Estado. Mesmo com o aumento do ICMS, com inúmeros projetos aprovados na ALERGS que retiram direitos, bem como a renegociação das dívidas com o governo federal, o governo continua congelando e parcelando os salários. E provavelmente seguirá desta forma até 2018. É bom ressaltar que durante a greve o governo Sartori pagou 80% da categoria na primeira parcela, bem como o 13º salário, mas foi só terminar o movimento grevista para que o governo diminuísse o teto da primeira parcela.
O governo Sartori, bem como o seu séquito de partidos burgueses, não estão preocupados com o desgaste político. Sua missão é destruir os serviços públicos para garantir o dinheiro para os agiotas internacionais, aos bancos, aos empresários e aos monopólios multinacionais. Nesse intento, estão assegurados, pois o seu fiador contra o desgaste eleitoral e político é o grande capital e a mídia burguesa. Sendo assim, os ataques seguirão até o final do governo e só serão derrotados com a radicalização dos métodos de luta.
A burocracia sindical de todos os sindicatos do funcionalismo público é incapaz de evitar os ataques do governo e de impedir a destruição dos serviços públicos, pois suas organizações partidárias ou estão governando ou já foram governos, mantendo a “santa aliança com a burguesia” em nome da governabilidade que só serve às elites. Necessitamos construir direções revolucionárias para disputar os sindicatos com a burocracia sindical – casta inimiga dos trabalhadores –, que consiga mobilizar a classe trabalhadora e a população em geral em defesa dos serviços públicos.

Por um calendário de luta contra os ataques do governo Sartori:
- Encontro estadual de servidores, pela base, que discuta um plano de lutas unificado;
- Aulas públicas nas escolas, nos hospitais, nas ruas sobre a farsa da crise financeira do estado e o PL 44, 257;
- Mobilizações unitárias de todos os servidores públicos;

- Construir possibilidades de novas ocupações no Estado para barrar os ataques do governo Sartori/Temer.

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