20 de jul. de 2016

GOVERNO SARTORI ROMPE ACORDO DE FIM DE GREVE E IMPÕE CALENDÁRIO DE RECUPERAÇÃO

    A greve dos educadores acabou, dentre outros fatores, em razão da inatividade da direção do CPERS no comando estadual de greve. Muitos ativistas a alertaram em distintas oportunidades sobre a perseguição política, a remoção de colegas e o assédio moral que estava ocorrendo no chão das escolas. Não tardou muito para que as perseguições e o assédio moral por parte da SEDUC, das coordenadorias regionais e das direções de escolas serviçais, recomeçassem e se aprofundassem.
       Cotidianamente os grevistas têm sofrido perseguições absurdas, sem que a direção do CPERS e seus núcleos nada façam. A SEDUC, através de suas Coordenadorias de Educação, está descumprindo o acordo de final de greve estabelecido com o CPERS, de que as comunidades escolares decidiriam sobre seus calendários, garantindo sua autonomia conforme a Lei de Gestão democrática. As “orientações” de calendário de recuperação da greve imposto goela abaixo pela SEDUC determinam quais dias podem ser usados para recuperação, cerceando o direito das comunidades decidirem livremente sobre como e quando irão recuperar, patrolando as decisões acordadas nos coletivos escolares, com objetivo de punir e tencionar as comunidades contra os trabalhadores que lutam.
      A falta de professores e funcionários é gritante nas escolas estaduais. No entanto, no pós-greve as coordenadorias que deveriam ter a preocupação de suprir a necessidade de recursos humanos nas escolas, estranhamente enviam nomeados que  surgem “do nada” para substituir contratados e nomeados grevistas, sem que houvesse nenhuma nomeação no período, ao invés de suprir as escolas onde realmente faltam professores e funcionários, caracterizando que o objetivo da SEDUC é eliminar os focos de resistência contra os desmandos do governo Sartori (PMDB e aliados).

A omissão da direção do CPERS frente ao assédio moral e a perseguição política no pós-greve

    Professores e funcionários, nomeados e contratados, são perseguidos descaradamente por direções autoritárias de escola, enquanto que a direção estadual do CPERS e as dos seus núcleos nada fazem efetivamente para coibir tais práticas cotidianas nas escolas, o que tem levado ao adoecimento da nossa categoria. Não preparam uma única visita em uma escola para coagir o assédio moral; não realizam um único escracho; sequer são capazes de escrever uma nota de repúdio! No site do sindicato continuam uma auto promoção eleitoreira e inconsequente, completamente desconectados do sofrimento e da resistência no chão das escolas. Sua luta contra o assédio moral é uma farsa: um canal para denúncias, que fica escondido no site. A categoria que se vire e ache um jeito de contatar a direção do CPERS!
       Esse é o sindicalismo burocrático que precisamos urgentemente derrotar: sabotam a luta concreta, a greve; a usam apenas para se promover eleitoralmente; deixam a greve num beco sem saída; e depois largam a categoria à própria sorte. É preciso resistir às tentativas de intimidação por parte do governo e das direções de escola. A omissão da burocracia sindical do CPERS não deixa dúvidas sobre o seu caráter de classe e os seus reais compromissos.
- Sindicato é pra lutar! Contra a burocracia cúmplice dos governos!
- Contra o assédio moral e a perseguição política!
- Pela autonomia das comunidades escolares sobre a decisão do calendário de recuperação da greve!
- Escracho contra as CREs e as direções autoritárias cúmplices do governo!
- As direções de escola são cargos de confiança da comunidade; e não do governo!
- Em defesa dos que lutam e do direito de participação sindical!

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