7 de jul. de 2016

CONTINUAR A LUTA PARA DERROTAR O PL44 E OS PLANOS DE AJUSTES DO GOVERNO SARTORI!

Os serviços públicos do Rio grande Sul, Brasil, México, França e demais países estão sofrendo os maiores ataques do grande capital. A ordem dos organismos internacionais do imperialismo (FMI, Banco Mundial, Comissão Européia, FED, OTAN, Clube de Paris, Organização de Shangai) é privatizar tudo para tentar barrar a queda tendencial das taxas de lucros, decretando a agonia irreversível do capitalismo, que retorna à extrema exploração do trabalho do século XIX. Os governos liberais capachos do capital aplicam as contrarreformas (retirada de direitos) penalizando os trabalhadores. A nossa luta ainda é defensiva.
         No Estado, o governo Sartori/Temer (PMDB, PP, DEM e outros) aplica os planos de ajustes do imperialismo. O PL 44 impõem a privatização da educação e dos serviços públicos em geral, o que significa precarização do trabalho, fechamento de escolas e serviços de baixa qualidade para a população. A LDO 2017, aprovada recentemente na Assembleia Legislativa, mantém a mesma lógica perversa imposta desde o primeiro ano do governo Sartori: para os trabalhadores mais arrocho e congelamento dos salários; para os agiotas internacionais, sonegadores (Gerdau, RBS e outros) e grandes empresas, a farra com o dinheiro público.
    Precisávamos de uma direção sindical combativa e classista para enfrentarmos esta conjuntura, mas lamentavelmente estamos à mercê de uma burocracia sindical dirigente autoritária, pelega e conformista. Os seus interesses não transpõem as eleições burguesas e as suas instituições políticas.
        
A BUROCRACIA SINDICAL E A ESTUDANTIL, EM COLUIO COM O GOVERNO, DESMONTAM  E DERROTAM AS OCUPAÇÕES E A GREVE
         A categoria já completou 55 dias de greve, mas o governo continua em sua ofensiva contra os educadores, estudantes e a educação pública. O capitalismo em crise não lhe deixa outra alternativa a não ser nos passar seus custos.
Nenhuma proposta foi apresentada pelo governo que signifique recuo; ao contrário, houve corte de ponto, remoção de alguns colegas das suas escolas, as Coordenadorias de Educação estão ameaçando com sindicância as direções que se negam a entregar lista de grevistas, o governo continua o parcelamento de salário, não houve nenhuma proposta de reajuste e o principal, que é a retirada do PL 44, não foi conquistado. O governo poderia ter sido derrotado se não houvesse a cumplicidade da burocracia sindical e estudantil (UBES, UGES, UMESPA, Juntos-PSOL e direção do CPERS), que, em conluio com o governo, desmontaram e derrotaram as ocupações e a greve.     
     O desmonte começou com acordo rebaixado entre o governo e a burocracia estudantil fazendo com que o mesmo liberasse poucas verbas para as escolas ocupadas, para acalmar os estudantes e forçá-los a desocupar as escolas; enquanto o PL44 ficou na promessa do governo de adiar a votação para daqui a 6 meses, isto é, para o período de férias, apostando na desmobilização dos estudantes e dos educadores. O governo cede nas pouquíssimas verbas para não perder no principal, que seria a retirada do PL 44, da qual depende a estratégia política e econômica do governo de nos passar a crise do capitalismo, conforme imposição dos grandes bancos e empresas. Da mesma forma, a burocracia sindical do CPERS utilizou o acordo estabelecido entre o governo e as entidades estudantis para tencionar o desmonte da ocupação do CAFF e da greve do magistério.
          Na última assembleia geral, apostamos na continuidade da greve mesmo sabendo que não poderíamos contar com a direção do sindicato. A dita “oposição” (CS, MLS, PSTU, Avante educadores), que juntos tem a maioria dos núcleo, pouco fizeram para enfrentar a direção do sindicato, utilizando a greve só para desgastar a direção com vistas as eleições sindicais em 2017, enquanto a categoria amarga derrotas, pouco se preocupando em pautar e denunciar os graves problemas de burocratização sindical que sofre o CPERS.

O COMANDO DE GREVE FOI UMA EXTENSÃO DA DIREÇÃO CENTRAL E AS DIREÇÕES DE NÚCLEOS REPRESENTARAM A SI PRÓPRIAS
         O Comando de greve foi controlado pela direção central, que tinha maioria absoluta e usava essa maioria para esmagar qualquer tentativa de se propor um calendário de lutas independente dos seus anseios. Desde que tentou acabar com a greve, perdendo a votação na assembleia geral de 24 de junho, atuou nos bastidores desmontando a greve e impedindo qualquer tentativa de mobilização. Priorizou um congresso burocrático para bajular a sua base de sustentação, já tendo em vista as eleições sindicais de 2017.
As direções de núcleos do CPERS foram coniventes com o desmonte da greve, muitas das quais, omitindo ou mentindo que a votação dos seus núcleos foi pela continuidade da greve. Muitas, dentre estas direções, furaram vergonhosamente a greve, agindo como agentes do governo e da burocracia sindical contra a sua própria base. Um verdadeiro absurdo que denota a degeneração burocrática do nosso sindicato. Muitos núcleos deram atestados na sexta-feira, dia 01/07, para que os trabalhadores não grevistas que fossem ao congresso em Bento levassem para suas escolas. E tudo isto em meio à greve!
Não é possível tolerarmos mais estes autoritarismos burocráticos! As direções de núcleos romperam com a verdadeira unidade que surgiu da votação da assembleia geral pela greve e a sua continuidade. Com relação a esta aberração, a direção central nada fez, sendo conivente e também responsável por isso. É por isso que a vanguarda consciente do CPERS precisa se jogar com peso para destruir a burocracia sindical. Isto é determinante para termos greves vitoriosas no futuro. Convocamos tod@s a cerrar fileiras com a Construção pela Base.


PARA A CONTINUARMOS MOBILIZADOS CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO SARTORI/TEMER DEFENDEMOS:

- Continuar a organização por zonal e por escolas;
- Realizar aulas públicas para debater nas comunidades escolares acerca dos projetos que atacam a educação pública (escola sem partido, PL44, PL257, a farsa da crise financeira do governo do Estado, etc.);
- Discutir outras formas de ocupação e de denúncia do governo;
- Reorganizar no final do ano ocupações de escolas por estudantes e professores pela retirada do PL 44;
- Atos de rua de denúncia aos ataques do governo, em especial, do PL 44;
- Panfletagem nas comunidades escolares e nas grandes concentrações urbanas para desmascarar o governo Sartori e os seus ataques;
- Panfletagem nos serviços públicos chamando os colegas pra luta;
- Marcar um encontro estadual de base dos trabalhadores dos serviços públicos para discutir a luta contra o desmonte do serviços públicos impostos pelo PL 44.

- PELA RETIRADA IMEDIATA DO PL 44!

- NENHUM PARCELAMENTO E CONGELAMENTO DE SALÁRIOS! REAJUSTE SALARIAL JÁ! DINHEIRO NÃO FALTA, SOBRA PARA OS EMPRESÁRIOS E OS BANCOS. O GOVERNO SARTORI MENTE!

- REVOGAÇÃO DA PORTARIA DO DIFÍCIL ACESSO Nº 116/2016!

- GARANTIA DE 1/3 DE HORA ATIVIDADE!

- PELA RETIRADA DO PL 190 “ESCOLA SEM PARTIDO”!

- CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS SINDICALISTAS E ESTUDANTES: LUTAR E PROTESTAR NÃO SÃO CRIMES!

- CONTRA O ASSÉDIO MORAL DAS ESCOLAS A SERVIÇO DO GOVERNO: REALIZAR DENÚNCIAS E ESCRACHOS, COM REPRESENTAÇÃO DO CPERS, EM FRENTE A ESTAS ESCOLAS!

- BARRAR A ASCENSÃO DO FASCISMO E DENUNCIAR OS SEUS ATAQUES!

- PELA EXPULSÃO DAS DIREÇÕES DE NÚCLEOS QUE FURARAM A GREVE! NOVAS ELEIÇÕES SINDICAIS!

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