O governo Sartori (PMDB), gerente do
capitalismo decadente aqui no Estado, não recua em seus ataques; ao contrário,
ele intensifica sua ofensiva contra os trabalhadores: o congelamento e o
parcelamento de salários com parcelas cada vez mais rebaixadas, além de não
termos nenhuma garantia para os próximos meses de pagamento em dia; corte no
repasse financeiro das escolas que inviabiliza seu funcionamento; nenhum dos
projetos encaminhados pelo governo à Assembleia Legislativa que atacam nossos
direitos foi retirado. O governo faz malabarismo mudando datas das votações
para os dias 15 e 22 de setembro, procurando evitar a presença dos servidores,
pois aposta que os trabalhadores retornarão ao trabalho na próxima semana
divulgando que pagaria integralmente os salários exatamente no dia da nossa
assembleia geral.
Um
dos projetos mais nefasto é o PL 206, que cria a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual – um passo para autorizar o
governo demitir servidores públicos
concursados e contratados, congelar
e parcelar salários, cortar promoções e investimento nos serviços públicos,
caso o Executivo atinja o limite da LRF, com o argumento de impedir gastos
superiores à arrecadação. A crise financeira divulgada pelo governo e pela
grande mídia é uma farsa! O Estado tem dinheiro, mas está sendo roubado. A dívida pública,
somada às isenções fiscais às grandes empresas, consome metade do orçamento
estadual. Enquanto os
trabalhadores estão sendo penalizados, o empresariado e os agiotas
internacionais fazem a farra com o dinheiro público. Estes sanguessugas têm a cara de pau
de dizer que o problema é o salário dos servidores e o inchaço do Estado, e a
grande mídia – seus porta vozes – divulgam aos quatro ventos esta mentira. A
burguesia tem o Estado como sócio colaborador.
O
caos instalado no Estado serve para justificar as ameaças de privatizações da CEEE, CORSAN, BANRISUL,
Fundações do Estado e a própria educação, seguindo à risca a Agenda 2020
proposta pela burguesia (RBS, Gerdau e a elite do empresariado que sonegam
impostos e são beneficiadas com as isenções fiscais). Os partidos (PMDB, PT, PDT, PSDB, PP e outros) na Assembleia Legislativa
unem-se na aplicação dos planos de ajustes do governo Sartori contra os
trabalhadores. As divergências não passam de jogo de cena. Todos estão
comprometidos com o projeto neoliberal em curso no país e Estado. O parlamento
burguês só serve para legitimar os planos de ajustes da burguesia e seus
políticos atuam para ludibriar os trabalhadores, em troca de votos nas futuras
eleições. Diariamente o capitalismo dá provas de falência e não pode promover o
bem estar para todos; ao contrário, promove apenas o bem estar das elites à
custa do sofrimento do povo. É por isso que o sindicalismo do CPERS –
incentivado por quase todas as correntes – de pressão sobre o parlamento como
única luta “possível e realista” é nefasto, pois serve apenas para subordinar a
luta dos trabalhadores à democracia burguesa, adoçar e acalmar a sua
indignação, criando inúmeras ilusões que cobrarão um preço muito caro no
futuro.
BUROCRACIA SINDICAL DO
CPERS:
ORGANIZADORA DE DERROTAS!
A
direção do CPERS (PT/CUT e PC do B/CTB) cumpre o papel de sabotar as lutas, blindando o governo
Sartori (PMDB), seu aliado em nível federal. Mesmo o
governo não recuando nos ataques, a direção cutista do CPERS dirige o movimento
para a derrota, pois continua com sua tática de “greve parcelada”. Para
justificar seu peleguismo, a direção usa um argumento mentiroso de que não
quer romper a unidade com o Movimento
Unificado dos servidores públicos.
Neste
movimento o CPERS deveria ser a vanguarda, impulsionando os outros sindicatos
para uma luta consequente contra o governo Sartori, propondo uma GREVE
UNIFICADA POR TEMPO INDETERMINADO e radicalizando nos métodos (colocando
milhares de trabalhadores nas ruas, piquetes, ocupações dos espaços públicos,
bloquear estradas, pontes...) não será com uma “greve de platéia” para aplaudir
deputados na frente do Piratini que derrotaremos o governo e seus planos de
ajustes. A direção central faz de conta que luta com sua “greve parcelada”, que
não serviu sequer para mobilizar os servidores para impedir a votação do PL
103/2015 que libera as Parcerias Públicas Privadas (PPP) no Estado. Além disso,
a direção central vai para mídia burguesa combater os piqueteiros do CAFF, que
travaram uma luta consequente dando visibilidade ao nosso movimento.
Lamentável! Age dessa forma porque o governo Sartori é a continuidade do
governo Tarso (PT), assim como esse foi do governo Yeda (PSDB): todos os
governos dando conta do projeto neoliberal em curso no país e no Estado.
A
ADESÃO À GREVE DEMONSTRA A DISPOSIÇÃO
DA
CATEGORIA PARA SEGUIR NA LUTA
A greve que começou dia 31/08 teve uma
adesão significativa, com percentual que variava entre 80%, 90% e 95% de
participação nas mobilizações da categoria, conforme relato dos núcleos, o que
deixa claro a sua disposição de luta. É evidente que temos que analisar diariamente
este ânimo, para escolhermos as melhores táticas de combate, mas não dá para se
admitir que a direção do CPERS coloque medo na categoria e que trabalhe
incessantemente para desmontar a greve, pois se dependesse da direção
voltaríamos de cabeça baixa no dia 04/09, mesmo depois da intensificação dos
ataques do governo Sartori contra os trabalhadores. Apesar de todo cerceamento
da democracia sindical, a pressão da base presente no Conselho Geral Ampliado
fez valer sua vontade de continuidade da greve.
É
necessária uma greve de novo tipo: precisamos radicalizar nos métodos, ocupar
espaços públicos estratégicos para o Estado com milhares de servidores,
organizar piquetes, fechamentos de estradas, organizar comandos de mobilização regional, núcleo e estadual, abertos
aos ativistas combativos de base (criar comandos unificados com os demais
servidores), e com reuniões frequentes, pensando e concretizando um
plano de lutas entre a categoria e as comunidades escolares. Trabalhar para
promover atos massivos de, no mínimo, 40 mil trabalhadores, disponibilizando
ônibus para trazer o máximo de servidores. Devemos mostrar a nossa força com
mobilização e não com o boicote silencioso que faz a burocracia sindical,
desmoralizando os movimentos frente à opinião pública e ao governo.
Ø GREVE
UNIFICADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS POR TEMPO INDETERMINADO!
Ø CONTRA O
CONGELAMENTO E PARCELAMENTO DE SALÁRIOS DO GOVERNO SARTORI!
Ø NÃO RECUAR! AVANÇAR NA
LUTA CONTRA O GOVERNO SARTORI E SEU PLANOS DE AJUSTES!
Ø NENHUM
DIREITO A MENOS!
Ø PELO FIM DAS
ISENÇÕES FISCAIS ÀS GRANDES EMPRESAS!
Ø PELO FIM DO
PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA, QUE JÁ ESTÁ PAGA!
Ø CONTRA A PL
206 QUE ABRE A POSSIBILIDADE DE DEMISSÃO DE NOMEADOS E CONTRATADOS!
Ø DERROTAR A
BUROCRACIA SINDICAL!
Ø DESFILIAÇÃO
DA CNTE QUE DEFENDE O FIM DO NOSSO PLANO DE CARREIRA!
Ø QUE O FUNDO
DE GREVE SEJA DESTINADO PARA CAMPANHA DE MÍDIA CONTRA O GOVERNO SARTORI E SEUS PLANOS DE AJUSTES!
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