COMBATER A BUROCRATIZAÇÃO
DO CPERS!
Na
época do capitalismo imperialista, os governos corrompem uma parcela da classe
trabalhadora com dinheiro, privilégios, cargos, liberações, prestígio, etc.
Surgem então as burocracias sindicais, que transformam os sindicatos em
ferramentas da burguesia. A burocracia sindical que dirige o sindicato é avessa
à organização de base. Defende a atual estrutura sindical antidemocrática, que
lhe beneficia. Defende o governo disfarçadamente.
A burocracia sindical do CPERS desgastou e
banalizou a greve diante dos
trabalhadores. Ignora a correlação de força para sua deflagração. Leva os
trabalhadores a greves inconsequentes, com pouca participação da base,
fragilizando a categoria diante do governo e a levando a derrotas. Como cúmplice dos governos, nada tem a perder
com essas derrotas. Aborta qualquer possibilidade de organização e resistência
consequente. Apoia greves patronais como as da CNTE/CUT, que exigiam a
aprovação do novo PNE, plano neoliberal de privatização da educação pública. As assembleias dos núcleos são esvaziadas e o Conselho Geral
é composto na grande maioria pelas correntes burocráticas. As Assembleias
Gerais são manobradas e não existe preparação prévia por escola.
A
burocracia pratica um sindicalismo economicista, isto é, restrito às questões
econômicas mínimas (melhores salários, melhores condições de trabalho),
desvinculadas da luta contra o capitalismo.
E nem isso é feito de forma séria. Não existe formação política e
teórica, o que impede uma conscientização política de classe.
As centrais sindicais (CUT, Força Sindical,
CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, etc.) também estão burocratizadas e
sustentadas por verbas governamentais. A CUT, Força Sindical e CTB sustentam
diretamente os ataques dos governos contra os trabalhadores, tais como a
Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista e Sindical, os arrochos
salariais, a defesa do PNE, etc. A Intersindical e a CSP-Conlutas sustentam o
governo indiretamente através de sua política de unidade sindical com a CUT,
cujo exemplo mais nefasto ocorre na diretoria do CPERS. Para mudar o rumo do
nosso sindicato e o colocarmos no caminho da luta, precisamos democratizar suas
instâncias, suas assembleias, dar coerência às greves, desmascarar e expulsar a
burocracia sindical do CPERS, sem o que se torna impossível qualquer vitória.
Somos oposição à direção do CPERS porque não
compactuamos com este sindicalismo patronal. A nossa luta não é isolada. É
necessário conscientizar todos os trabalhadores da necessidade de combater a
burocracia também em seus sindicatos.
A falácia
do APARTIDARISMO defendida pela burocracia!
A maioria das correntes políticas do CPERS defende da boca
para fora a “independência dos partidos políticos e governos”. Na realidade,
por trás desse discurso, escondem-se os partidos da burguesia e os partidos
reformistas. Lutam por “aparelhar” o sindicato. Desrespeitam a democracia sindical e os seus
organismos. O apartidarismo defendido
pela burocracia serve para enganar os trabalhadores (já que está vinculada a
partidos burgueses ou reformistas) e ocultar a necessidade da construção do
partido revolucionário. A inexistência desse partido é a principal causa das
derrotas dos trabalhadores.
Os sindicatos são politicamente
dependentes de partidos burgueses e reformistas, como os atuais, ou de organizações,
coletivos e partidos revolucionários comprometidos com o socialismo, que façam
a união das lutas econômicas com as lutas pelo socialismo. A dominação da
burocracia sobre os sindicatos atuais reflete a hegemonia dos partidos
burgueses e reformistas sobre eles.
Defendemos a DESFILIAÇÃO do CPERS da CUT e CNTE!
A CUT
e a CNTE são entidades que estão a serviço dos governos Dilma e Tarso. Defendem
explicitamente o “novo PNE" privatista através de campanhas públicas e
paralisações pelegas (2012, 2013 e 2014). Defendem também alterações nos nossos
Planos de Carreiras e a Reforma do Ensino Médio. São entidades antidemocráticas
que não podem ser reformadas.
Nenhuma
participação em
FÓRUNS GOVERNISTAS !
O CPERS não deve participar de fóruns governistas, tipo Comissões
Paritárias, onde participam representantes do governo, dos patrões e dos
trabalhadores (Conselho Estadual e Municipal de Educação, Conselho do IPE e
outros do mesmo tipo). Não são mesas de negociação. A participação nesses fóruns é uma forma de
conivência com o governo, pois se trata de ajudar a gerenciar o capitalismo.
Isso não significa que os trabalhadores não possam negociar com o governo, por exemplo,
sempre que houver uma greve. Para isso, não é necessário entidades permanentes
paritárias entre patrões, governo e empregados.
Por um sindicato INDEPENDENTE dos GOVERNOS
BURGUESES!
É inadmissível a presença de agentes do governo em nossas assembleias e
atividades ou entre os quadros do sindicato. Devemos derrotar esses agentes da
burguesia e tornar o CPERS verdadeiramente independente do governo. Nesse
sentido, propomos expulsar do sindicato os membros oficiais do governo
(Secretário de Educação, coordenadores, etc.) porque estão claramente do outro
lado da trincheira, aplicando os planos de arrocho neoliberais previstos no
PNE: a meritocracia, a destruição dos planos de carreiras, a privatização do
ensino público.
EXPULSAR DO CPERS SECRETÁRIOS E
COORDENADORES DE GOVERNOS!
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